terça-feira, 23 de setembro de 2014

Site ‘mapeia’ pessoa com deficiência

POR JAIRO MARQUES site http://assimcomovoce

Meu povo, a contribuição hoje é para os intelectuais, pesquisadores, gestores públicos, ‘ongueiros’ e desenvolvedores de projetos que envolvam o mundo os “malacabados”.

Uma ferramenta desenvolvida pelo Instituto de Economia da Unicamp, com o esforço do professor Waldir Quadros, com apoio de Vinicius Garcia, doutor em economia, é capaz de traçar perfis regiões é locais do público com deficiência.

É preciso que se divulgue muito esse instrumento, que pode ajudar na confecção de propostas e políticas mais representativas, mais úteis e mais objetivas para cadeirantes, cegos, surdos…
“Tio, tá complexo pra mim entender isso, heim?”
Pois bem, o próprio Vinicius elaborou um texto que explica melhor as dimensões do site e como manejá-lo! É fácil, útil e “bacanudo”!

Toda época de eleição, a história se repete: proliferam candidatos que se dizem defensores dos “deficientes”, dos “portadores de deficiência”, daqueles com “necessidades especiais” e outros termos utilizados. Alguns de maneira oportunista, outros com melhores intenções e até mesmo boa vontade, mas a grande maioria sem conhecimento sobre a realidade social e econômica em que estão inseridas as pessoas com deficiência – terminologia correta – no Brasil.

Para piorar a situação, a falta de conhecimento e informação não é privilégio somente daqueles que estão concorrendo, mas atinge também boa parte dos que já ocupam cargos e funções públicas. Nos últimos anos, em diferentes níveis de governo, foram criados órgãos, departamentos e até mesmo Secretarias com a finalidade de tratar a temática das pessoas com deficiência. Infelizmente, porém, parece prosperar a falta de qualificação e capacidade técnica para construção de políticas públicas inclusivas.

A reversão deste quadro dependeria, dentre outros fatores, de que os gestores públicos (e não só eles) tivessem acesso a informações como: quantas são as pessoas com deficiência no meu município? Existe um tipo de deficiência ou incapacidade funcional que predomina? Qual a distribuição etária deste contingente populacional? Tais pessoas frequentam a escola, estão ocupadas trabalhando ou desempregadas? São perguntas, desculpem pela obviedade, fundamentais para que as ações e programas possam ser corretamente pensadas e executadas.

Mas como conseguir tais informações? Ao contrário do que se possa talvez imaginar, não é tão difícil. O Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, incluiu variáveis relacionadas à aferição da população com deficiência. Na verdade, foram questões relativas ao grau de dificuldade para andar, ouvir e/ou enxergar, além de uma pergunta específica sobre a deficiência intelectual. Sendo que esses resultados podem ser cruzados com os dados sobre gênero, cor, faixa etária, escolaridade, ocupação, rendimentos e outros.

É verdade que o IBGE, em seu site, divulga apenas os resultados principais do Censo e o acesso ao, digamos, “núcleo” dos dados é restrito aos pesquisadores com conhecimento técnico na área. Pois para facilitar este processo é que foi desenvolvido o site Perfil Social das Pessoas com Deficiência no Brasil. Trata-se de uma iniciativa do professor Waldir Quadros, do Instituto de Economia da Unicamp e atualmente na Facamp.

De maneira direta, podem ser tabuladas informações e gerados gráficos sobre a condição social e econômica das pessoas com deficiência, pelo tipo de limitação funcional, em cada um dos municípios brasileiros. Espera-se, com isso, que as iniciativas que envolvam este segmento populacional nas mais diferentes áreas, mas sobretudo no campo governamental, possam estar mais bem qualificadas e preparadas para levar cidadania para milhões de pessoas que, historicamente, foram marginalizadas ou apenas amparadas pela caridade privada.

Para acessar o site entre no link abaixo e selecione “Busca Simples” e depois “Censo”:

http://www.perfilsocial.com.br/dologin.php?superacesso=DEFIC-1234

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