sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Surdez pode levar à depressão, alerta médica

Redação Bonde com assessoria de imprensa

A história humana mostra conflitos no processo de compreensão do fenômeno da surdez, que já foi considerada como maldição, loucura, aberração, ou, mais atualmente – e corretamente, - como patologia congênita ou adquirida. Após anos de estudo, classificou-se surdez como a incapacidade de o cérebro processar e decodificar, parcial ou totalmente, os estímulos sonoros enviados por meio do nervo auditivo do ouvido, devido à falha no mecanismo de transmissão desses estímulos. Porém, com as tecnologias disponíveis e estudos recentes, é possível o surdo ter uma vida praticamente normal.

Doenças, muitas consideradas comuns, podem trazer sérios problemas auditivos se não cuidadas de forma correta. Entre elas estão o diabetes, a meningite, o sarampo, a caxumba e a rubéola materna.

Outra questão que pode fazer com que a audição piore é a exposição a barulho muito alto. Em setores industriais e no trânsito de veículos nas vias das grandes cidades, o ruído pode ultrapassar os 100 decibéis, ocasionando prejuízo à audição e à saúde de um modo geral.

Porém, a causa mais comum da perda auditiva é o envelhecimento natural. "A surdez é um dos problemas mais frequentes em idosos. Quem nunca presenciou as dificuldades enfrentadas pelos mais velhos para ouvir? Conhecida como presbiacusia, a deficiência auditiva nesses casos acontece devido ao desgaste provocado pelo envelhecimento das céluas auditivas, assim como em qualquer outra parte do corpo", explica a Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e Otoneurologista de Curitiba, PR.

A especialista comenta que, se não tratada a tempo, a perda auditiva, principalmente em idosos, pode causar sérias consequências, como a depressão e a exclusão social. "Para evitar esse problema, os familiares devem ficar atentos a alguns sinais, como a dificuldade no entendimento da fala, alterações psicológicas, como depressão, frustração, embaraço, raiva e medo, que podem ser causadas pela incapacidade de comunicação, e até problemas simples como atravessar a rua e não ouvir a buzina", diz Rita.

A surdez é uma experiência solitária para quem a sente, e para lidar com o paciente da melhor forma possível, é preciso que as pessoas mais próximas a ele aprendam a "trabalhar" da forma correta – e a primeira coisa a se fazer é procurar um médico especialista que possa indicar o melhor tratamento para cada caso.

Rita comenta que a limitação que a pessoa sente para fazer o que gosta em coisas simples, como assistir TV, ir ao cinema e participar de reuniões familiares por exemplo, ou a sensação de inutilidade perante a família são as principais causas da depressão e do isolamento por meio da surdez. "Por isso a ajuda profissional é tão importante. Muitas vezes pode ser preciso um trabalho multidisciplinar envolvendo otorrino, fonoaudiólogo e psicólogo para auxiliar o paciente", exalta.

Já existem, hoje em dia, soluções para quase todas as formas de surdez, que variam desde aparelhos auditivos, proteses implantáveis e até os implantes cocleares. "É preciso lembrar que o uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o paciente resgate sua auto-estima e qualidade de vida, - mas somente o profissional especializado poderá fazer a indicação do melhor aparelho, de acordo com exames e demais testes que forem necessários ser feitos no paciente", conclui a médica.

Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--322-20130829

Síndrome de Asperger

Conheça a menina Laura, que tem síndrome de Asperger

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Semana da Pessoa com Deficiência Física conta com atividades em MG

'Desafiando os limites, diminuindo as diferenças' é tema em Divinópolis.
Ações serão realizadas até dia 31 de agosto.

A programação para a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência começa neste domingo (25) em Divinópolis. Com o tema "Desafiando os limites, diminuindo as diferenças", as atividades serão realizadas até o dia 31 de agosto e são abertas ao público.

Durante toda a semana terá debate sobre a importância da psicologia na vida da pessoa com deficiência e a família, apresentação do projeto "Fonte de Luz", palestras sobre primeiros socorros, integração social, prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), hepatite, entre outros temas.

Confira a programação:

Domingo (25/08): Abertura do evento, das 10h às 14h, na Praça Dom Cristiano (Praça da Catedral). Durante a semana serão oferecidos serviços sociais, apresentação de dança e show com 'Grupo Elas' e 'Banda Tekilas'.

Segunda-feira (26/08): A Secretaria de Esportes e Juventude promove atividades esportivas voltadas para o deficiente, de 8h às 11h, no Ginásio Poliesportivo Fábio Botelho Notini. Às 17h30 terá palestra sobre primeiros socorros para os deficientes com o palestrante sargento Gavioli, do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros. Será no Auditório da Associação do Deficiente do Oeste de Minas (Adefom).

Terça-feira (27/08): Passeata saindo da sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) às 7h30 e 13h30, com o tema: "caminhando para celebrar". Às 19h, o Conselho Regional de Psicologia e Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi-Uemg) promovem fórum de debates sobre o tema "Importância da psicologia na vida da pessoa com deficiência e sua família". Será na Funedi e após o projeto Fonte de Luz apresenta o espetáculo: "Arte e diversidade".

Quarta-feira (28/08): O Centro de Convivência Salviano Avelar promove integração social na Praça Otaviano de Souza, no Bairro Danilo Passos, das 9h às 10h30. Às 15h, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Secretaria de Saúde promove uma palestra sobre prevenção DST/Aids e hepatite, no Auditório da Adefom.

Quinta-feira (29/08): A Secretaria de Desenvolvimento Social realiza ação, das 9h às 11h, para dar orientações sobre defesa, direitos e serviços prestados aos portadores de deficiência. Os temas abordados são: Cad Único, Pronatec e serviços ofertados pelo Centro de Referência em Assistência Social (Cras), no auditório da Adefom. Às 14h, terá participação das entidades na reunião ordinária da Câmara Municipal de Vereadores para lembrar a importância da data.

Sexta-feira (30/08): A Secretaria de Esportes e Juventude promove palestra às 9h com a atleta paralímpica e diretora de Desenvolvimento do Paradesporto do Governo do Estado de Minas Gerais, Rosana Pereira Bastos, no auditório da Adefom.

Sábado (31/08): Para fechar o evento será realizada a segunda "Cadeirada Unificada". Os deficientes farão uma passeata, com saída da Praça do Santuário às 8h30, percorrendo as Ruas 21 de Abril, Minas Gerais e Antônio Olímpio de Morais, que se encerrará na Praça Jovelino Rabelo (quarteirão fechado da Rua São Paulo).

Fonte: http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2013/08/semana-da-pessoa-com-deficiencia-fisica-conta-com-atividades-em-mg.html

Brasileiro deficiente visual disputa torneio de games contra profissionais

O campeonato independente Batalha dos Games, que acontece entre os dias 24 e 25 de agosto em São Paulo, foi motivo o suficiente para tirar Gabriel Neves Poli de casa. Viciado em jogos eletrônicos desde criança, o jovem de 22 anos tem, mesmo com deficiência visual, habilidade suficiente para disputar partidas contra jogadores profissionais.

Batalha dos Games reúne campeonatos de League of Legends e Call Of Duty: Black Ops 2. Jogadores profissionais vieram ao evento (Foto: Pedro Zambarda/TechTudo) (Foto: Batalha dos Games reúne campeonatos de League of Legends e Call Of Duty: Black Ops 2. Jogadores profissionais vieram ao evento (Foto: Pedro Zambarda/TechTudo))Batalha dos Games reúne campeonatos de League of Legends e Call Of Duty: Black Ops 2. Jogadores profissionais vieram ao evento (Foto: Pedro Zambarda/TechTudo)

Sempre acompanhado pelo irmão João, Gabriel, que perdeu a visão aos 2 anos por erro médico, gosta muito de jogos de luta e está dando o que falar no torneio de Tekken Tag Tournament 2, um dos títulos disputados no evento.Gabriel gosta de games de luta e consegue jogar muito bem mesmo sendo deficiente físico (Foto: Guilherme Damiani)

Gabriel gosta de games de luta e consegue jogar
muito bem mesmo sendo deficiente físico (Foto:
Guilherme Damiani)

Para enfrentar seus oponentes, Gabriel explicou como ele consegue enfrentar - e vencer - mesmo sem enxergar: “Pelo som e a vibração do controle”. Segundo seu relato, como é jogador de Tekken desde os primeiros títulos do game, ele acha fácil executar combinações de golpes quando não é atingido pelos seus oponentes.

Antes de jogar Tekken, entretanto, Gabriel havia sido impedido de jogar o famoso título Mortal Kombat em um torneio fora da Batalha dos Games. Como explicou, outros jogadores tiveram preconceito de vê-lo participar do torneio, na ocasião.

Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/08/brasileiro-deficiente-visual-disputa-torneio-de-games-contra-profissionais.html

Apae utiliza game para tratamento de crianças com Síndrome de Down

Jogo 'Dance2Rehab' estimula aspectos motores e cognitivos.
Apae de Joinville será modelo para a implantação e testes do projeto.

Jogo visa estimular aspectos motores e cognitivos dos pacientes. (Foto: Vitor Forcellini/Udesc)

Jogo visa estimular aspectos motores e cognitivos dos pacientes. (Foto: Vitor Forcellini/Udesc)

O game 'Dance2Rehab', desenvolvido por alunos do Laboratório de Pesquisas em Aplicações Visuais (Larva) do Departamento de Ciência da Computação da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), será utilizado no atendimento de crianças com Síndrome de Down da Associação dos Pais e Amigo dos Excepcionais (Apae) de Joinville, no Norte de Santa Catarina. O principal objetivo do jogo é estimular aspectos motores e cognitivos dos pacientes.

Estudante Emanuel Farias, presidente da Apae, Heloisa de Oliveira e o professor Marcelo Hounsell  (Foto: Vitor Forcellini/Udesc)Estudante Emanuel Farias, presidente da Apae,
Heloisa de Oliveira e o professor Marcelo Hounsell
(Foto: Vitor Forcellini/Udesc)

Segundo o professor Marcelo Hounsell, que participou da elaboração do projeto, a expectativa é que a Apae sirva de modelo e que outras associações tenham os benefícios da tecnologia na reabilitação virtual.

Para a diretora da Apae de Joinville, Heloisa Walter de Oliveira, o jogo de computador será um aliado no tratamento e atendimento das crianças que frequentam a unidade educacional. "Montamos uma nova sala para fazer este atendimento diferenciado e as cuidadoras já estão empolgadas com a novidade", elogiou a diretora.

Além do 'Dance2Rehab' para crianças com Síndrome de Down, os acadêmicos do laboratório da Udesc já criaram games e aplicativos para auxiliar pessoas com Alzheimer e pacientes que já tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fonte: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2013/08/apae-utiliza-game-para-tratamento-de-criancas-com-sindrome-de-down.html

domingo, 25 de agosto de 2013

Mães querem dar a filhos deficientes intelectuais chance de morarem sós

Nicolas tinha 14 anos quando decidiu ir sozinho à papelaria do bairro. A mãe, Flávia, permitiu, mas escondida atrás de árvores e postes, acompanhou a trajetória do filho até o local.

Sete anos se passaram e hoje, Nico, 21, que tem traços de autismo, trabalha em uma biblioteca em Brasília e pensa em morar sozinho.

Para muitas mães de jovens como Nicolas, é quase impossível pensar em vida independente para os filhos com deficiência intelectual.

Não é o que acontece com a economista Flávia Poppe, a biblioteconomista Ana Maranhão e a administradora Monica Mota, que querem que os filhos tenham moradia própria e independente.

Inspiradas em experiências no Reino Unido, criaram o Instituto JNG (iniciais dos filhos João, Nicolas e Gabriella) com a meta de discutir e desenvolver um projeto piloto de moradia independente para jovens com deficiências intelectuais, como seus filhos.

"As famílias e a sociedade falam em inclusão na escola, no trabalho, mas se esquecem da moradia. Talvez por não acreditarem que seja possível. Mas é possível, basta acreditar e dar meios", afirma Ana Maranhão, mãe de João, 19.

Autista, João é filho único. "Como vai ser quando não estivermos mais aqui? Quem vai cuidar dele? É preciso construir alternativas saudáveis para que eles vivam bem após a morte de seus responsáveis."

Por falta de informações e de uma rede de acolhimento, os pais tendem a superproteger os filhos com deficiência intelectual, tratando-os como crianças mesmo já adultos.

"É erro. Confundem os limites entre proteger e impedir que seus filhos se desenvolvam", diz Flávia, que preside o Instituto JNG, que será inaugurado na terça-feira, no Rio.

Segundo a economista, é preciso criar um modelo de moradia e de assistência que se adapte à realidade do país.

No Brasil existem 2.611.536 pessoas com deficiência mental/intelectual, 1,5% da população, segundo o IBGE.

MORADIAS ASSISTIDAS

Flávia e as amigas fizeram uma série de visitas a moradias assistidas no Reino Unido. "Lá, o morador deficiente passa por avaliação em que as habilidades são valorizadas. E recebem suporte para lidar com as deficiências."

Por exemplo, há moradores com mais dificuldade para atividades como fazer compras. Outros não conseguem preparar um lanche sozinhos. Então, recebem ajuda pontual.

Na Inglaterra, a maioria das moradias assistidas é subsidiada pelo governo e funciona em edifícios de seis a oito apartamentos. Apenas um cuidador coletivo fica 24 horas no local e é responsável por todos.

Para Ana Maranhão, esse modelo dá autonomia. "Se você reúne numa mesma casa três ou quatro, com um cuidador, a tendência é haver um nivelamento para baixo e não um estímulo às habilidades de cada um."

Ela dá o exemplo de como o filho, que não faz a barba sozinho, tenta progredir.

"Ele já tentou, mas se machuca. Agora, tenta com o barbeador, mas os pelos são ralos. Se estivesse numa casa com mais três, é possível que o cuidador fizesse a barba de todos"

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/08/1331672-maes-querem-dar-a-filhos-deficientes-intelectuais-chance-de-morarem-sos.shtml

UFMG lança curso gratuito sobre Dislexia

Dificuldade em ler frases simples, se atrapalhar com os sons ou significados das palavras. Em turmas numerosas, muitos professores talvez não consigam identificar que situações como essas podem ser muito mais do que um mero desnivelamento entre alunos, mas algumas das características da dislexia. Considerada um distúrbio e não uma doença, a dislexia é um transtorno manifestado na aprendizagem da leitura e escrita dos estudantes. Por ser invisível a muitos educadores, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em parceria com o Instituto ABCD lançaram uma plataforma de formação online gratuita para professores. O ambiente virtual vai oferecer desde conteúdos básicos sobre o tema, formas de identificar o distúrbio e de adquirir técnicas para ensinar leitura, soletração e escrita até apontar como melhorar o ambiente escolar, fazendo com que os estudantes lidem com suas dificuldades específicas em concentração, memória e organização.

O curso foi desenvolvido a partir da versão criada originalmente pela Dyslexia Internacional e autorizado pelo Ministério de Educação Superior, da Pesquisa Científica e das Relações Internacionais da comunidade francófona belga. O material foi financiado pela Unesco e lançado em quatro de suas seis línguas oficiais: árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol.

No Brasil, o conteúdo direcionado ao treinamento dos professores foi trazido pela UFMG, que, em parceria com o Instituto ABCD, adaptou-o para a língua portuguesa e lançou a plataforma. Os conteúdos podem ser acessados no link http://dislexiabrasil.com.br.

Fonte: Porvir

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